O presidente do clube "Os Independentes", que organiza a festa, Marcos Murta, diz que foi a primeira vez em 56 anos que um animal precisou ser sacrificado após o rodeio e classificou o ocorrido como uma "fatalidade". Para o presidente do PEA (Projeto Esperança Animal), organização que defende os direitos dos animais, Carlos Roselen, é inadmissível que acidentes como estes ocorram. Assista acima aos depoimentos dos dois sobre o caso.
O advogado Verner Grau apela para a Constituição para criticar o uso de animais em rodeios, alegando que não há necessidade de submeter o animal à dor se não há benefício para a vida humana. “É mero entretenimento”, defende.
Além do caso da morte do bezerro após a prova, outros aspectos do rodeio são questionados. O uso do sedém, uma corda que passa pela virilha dos animais, usada em provas de montaria, é um deles. Para Roselen, do PEA, o objeto causa sérios danos aos animais. Para Murta, da organização de Barretos, o utensílio provoca apenas cócegas.
A reportagem conversou por telefone com um veterinário de uma importante universidade pública de São Paulo, que prefere não se identificar para não entrar em polêmicas. Ele diz que muitas vezes as afirmações sobre animais em rodeios são feitas sem o embasamento técnico necessário. Na década de 90, ele recebeu a solicitação de um juiz para que avaliasse um caso que envolvia provas de montaria. Sua conclusão, na época, foi de que se os rodeios forem bem controlados, não configuram maus tratos. Ele defende que o sedém só machuca os animais se for mal produzido e se a pressão colocada sobre o animal for muito intensa. A respeito do caso do bezerro, ele diz que não fala por não conhecer a prova o suficiente para emitir uma opinião.
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